Silvia Ligabue Psicologia Transpessoal Integrativa

Uma reflexão para mulheres que acreditam na força do feminino…

” Ela tem força, ela tem sensibilidade, ela é guerreira. Ela é uma deusa, ela é mulher de verdade.” Chorão​

Minha família materna é de origem italiana, meu avô veio com a família de minha avó para o Brasil, com o sonho de recomeçarem uma nova vida.

Anos depois meu avô faliu e novamente se reergueu, deixando sua família amparada após seu falecimento e a seu lado uma mulher que criara 13 filhos.

Meus bisavós, pais de meu avó paterno, vieram de lugares distintos da Itália, onde minha bisavó veio sozinha para tentar uma vida mais próspera no Brasil com a sua jovialidade e coragem em busca do que para ela era a felicidade.

A mãe de minha avó paterna, ficou viúva cedo e recomeçou sua vida com 2 filhas pequenas. E de dona de casa, transformou-se em uma comerciante e assim criou suas filhas no interior de São Paulo.

São estes alguns dos exemplos que sempre me incentivaram a ir adiante. Mulheres que aprenderam com difíceis situações, mas que não perderam a crença em algo melhor, sendo o foco e a perseverança, seus maiores aliados.  Histórias de superação, onde mulheres fortes encabeçavam estas famílias.

O sofrimento existia pelas quebras de estruturas, mas a compreensão que precisavam se reerguer fazia parte das crenças destas mulheres, que motivavam seus companheiros e filhos a nunca desistirem.

Uma outra característica que sempre me encantou, foi o habito de comemorar os momentos em família e com amigos, o que até hoje, minha filha e sobrinhas levam como valor.

Celebrar a vida, independente das dificuldades que fazem parte dela.
Famílias fortes, altruístas, sempre nos ensinaram, a olhar as necessidades dos menos favorecidos e ajudá-los. Tenho orgulho e gratidão de pertencer.
Me sinto honrada pela  mãe artista, sensível, inteligente.  Pintava  porcelana, cerâmica, estudou piano em sua mocidade, possuía um vasto vocabulário, onde buscávamos significados de palavras como a um dicionário.
O que para outros era difícil aceitar, ela nos ensinava que  diferenças existiam e que ninguém era melhor que ninguém, uma mente sempre à frente dos seus tempos. Nos incentivava a buscarmos o melhor em nós em todas as situações que meus irmãos e eu vivíamos.

Quando  tinha 9 anos minha professora lhe disse que eu seria escritora, e ela aceitou esta  informação como certeira e em  vários momentos me  motivou para tal.

É fato que amo escrever e hoje com dois livros, um conto romântico em uma coletânea, a caminho outro para este ano, de um romance no prelo e mais textos e frases diárias, caminho seguindo a profecia de minha professora endossada por minha mãe.

Orgulho de uma família onde as características do feminino estiveram sempre presentes em nossas histórias. Onde a autoconfiança, a iniciativa, o acolhimento, o amor foi cultivado em nós por nossas ancestrais,  e estes valores passados de  geração em geração.

Quando decidi ser psicóloga acreditei que realizaria meu sonho, o de colaborar para o desenvolvimento pessoal e no auxílio do enfraquecimento das dores daqueles que viriam ao meu encontro.

Apesar de alguns homens da minha família, acreditarem que minha profissão não me levaria ao sucesso, mas por outro lado, inspirada, motivada por histórias de mulheres fortes, partes desta ascendência. Hoje me realizo a cada dia com minha escolha e motivo mulheres a buscarem o seu poder interno, a criatividade, a compaixão, o despertar da energia do feminino.

Deixo aqui este pensamento de autor desconhecido, que além de  me emocionar sempre que leio, me traz a certeza que vale a pena este despertar.

 

” Houve um tempo, em que todas as mulheres eram sagradas.

Em que eram vistas como Deusas, como senhoras de seu próprio destino.

Houve um tempo, em que o corpo era sagrado, em que o sexo era uma prece.

Em que homens e mulheres respeitavam-se e reverenciavam-se. (…)   ”    

Que as mulheres que passarem pelo meu caminho  recebam esta reflexão, como um convite, caso se sintam chamadas, unam-se a  nós que desejamos resgatar a cada dia a força do feminino.

 

 

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