• 25 março

    Vamos com a dor aprendendo uma nova língua

    Enquanto muitos ocupam os leitos dos hospitais
    Outros cuidam de quem ocupa estes leitos.
    Outros ainda temem se serão os próximos.
    E ainda alguns se angustiam por temerem pelos seus.
    Para uns, confinamento, outros isolamento.
    Mas há quem olhe a vida seguindo quieta, introspectiva.
    O recolhimento se faz necessário quando o todo tem que ser respeitado.
    Na era de Aquário, a tecnologia nos propicia estes encontros entre pessoas de todos os lugares.
    E graças a ela, a língua nova começa a surgir.
    E assim começamos em um outro movimento.
    Os encontros com amigos, o trabalho, realizado online e a vida continua.
    Somos seres adaptáveis, seguimos adiante do jeito que recriamos o caminho.
    Alguns tocam instrumentos na varanda de seus condomínios para alegrar os seus vizinhos.
    Enquanto outros agradecem juntos em horário combinado das suas casas, a todos os profissionais da saúde pelo empenho e profissionalismo.
    Outros ainda fazem compras para os idosos.
    As crianças nos dão aulas de respeito ao próximo.
    Os jovens apoiam uns aos outros sem sair de suas casas.
    E então a nova língua, vai cada dia mais se mostrando, pois veio para ficar
    E ela tem um nome, que ouvíamos falar, mas não a escutamos.
    Se chama solidariedade, e com ela a libertação social e o autoconhecimento coletivo, vão chegando para ficar.
    As pessoas ajudam seu próximo, dentro de suas possibilidades, afinal só se dá, o que se tem.
    E assim vão aprendendo que um mundo justo, respeitoso para todos os envolvidos se torna abundante, pois são merecedores.
    E assim a gratidão vai se fortalecendo em todos os corações para receberem deste universo, este presente.
    E um mundo novo se faz!
    Utopia? Sonho? Óculos cor de rosa?
    Isso cabe a cada um escolher.

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