Refletindo sobre o Sagrado Feminino
Vim aqui hoje falar para você um sobre a questão do Sagrado Feminino. Você já ouviu falar?
A energia feminina é maternal, afetiva, artística e sensível.
Tem uma relação próxima com a natureza.
Há uma sincronicidade entre os ciclos da mulher e a própria natureza.
Você sabia?
Quando a energia feminina estava em equilíbrio na terra, o homem, a natureza também estava em equilíbrio, porém essa energia foi subjugada e a feminilidade passou a ser vista como sinônimo de submissão, castidade, fidelidade, obediência e sacrifício.
Quantas mulheres foram queimadas na fogueira porque tinham uma intuição apurada ou sabiam utilizar ervas para cura.
O resultado disso foi o aprisionamento da energia feminina em um mundo caótico e doente.
Com esse texto nós podemos refletir a importância de sermos e de termos o nosso feminino assumido por nós.
Quantos sofrimentos nossas ancestrais tiveram, com a dificuldade em trazer à tona todas essas qualidades, tudo aquilo que sabiam fazer nas características do feminino.
Falam sobre as mulheres que foram queimadas porque muitos chamam essas mulheres de bruxas e na verdade eram mulheres como nós que tinham o dom da cura através das ervas e que quantas vezes tiveram que esconder as suas ervas na vassoura da bruxa, que eles falam, mas em formato de uma vassoura para não serem pegas, para não serem queimadas.
Então, hoje nós temos todo esse poder resgatado a cada dia quando nos propomos.
Eu consegui entender um pouco qual seria o meu papel nesse resgate e por isso me aprofundei, fui me ajudar para poder ajudar mulheres através das terapias que eu trabalho.
Eu não vivo dentro da floresta, mas aqui mesmo na cidade meu trabalho me proporciona toda a conexão com essa energia, então eu trabalho com cristais, com florais, com aromaterapia, com círculo de mulheres.
Eu estou muito em contato com a natureza e sempre que posso estou nela sim, e vivo hoje em um lugar onde todos os dias pela manhã, tenho o privilégio de acordar com pássaros cantando, o que me traz muito essa conexão e isso que quero que você reflita hoje e se pergunte:
Quanto você tem se conectado com você mesma?
O que você faz para estar nessa conexão com a natureza?
Você tem o hábito de honrar a sua ancestralidade?
Para honrar nossas ancestrais, além das práticas meditativas, orações, dos processos de trabalho interior, você pode praticar no seu dia a dia, através por exemplo de cozinhar o que fora ensinado por elas, mãe, avós.
Lembrar-se dos chás que lhe ofereceram na hora de uma cólica, falta de sono, de um momento mais melancólico para animá-la. Intencionando a gratidão a cada uma delas, nestas atitudes.
Podemos vivenciar todos os dias os ensinamentos que recebemos destas mulheres fortes e sobreviventes, de uma sociedade patriarcal, que as desvalorizaram e impossibilitaram realizarem seus sonhos. Importante lembrar que o patriarcado é um sistema que homens e mulheres participam, cada um com suas chagas.
A conexão com a nossa ancestralidade feminina, também nos possibilita esta cura. E cada vez que você se cura o sistema familiar também é curado, pois ela ecoa no antes e depois. E por isso praticar a ancestralidade, dentro do sagrado feminino, é uma grande responsabilidade para todas nós.
A nossa mãe é o nosso primeiro encontro com a força feminina, nossa primeira casa, onde somos acolhidos e alimentados.
Se não sabemos de onde viemos como saberemos para onde vamos. E por isso a importância de conhecermos as histórias vividas por nossas ancestrais, para honrá-las e agradece-las por tudo o que fizeram por nós.
Prazer e ocupação podem conviver juntos?
Em um mundo que nos foi ensinado que trabalho é “um conjunto de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta”, deixa ir muito longe o prazer que ele pode nos proporcionar. Quando o amamos de um grande prazer em realizá-lo, pode tornar-se muitas vezes uma fuga das ansiedades que você vive diariamente.
Mas de repente, chega um dia em que você tem tanto tempo para desenvolvê-lo que percebe que quer fazer coisas que não colocava em sua rotina, e assim a vida se torna mais prazerosa.
Meditar ao acordar tem sido para mim, dia a dia um momento especial. As manhãs me presenteiam oportunidades onde moro, de estar mais conectada a natureza, onde ouço o cantar dos pássaros, e sinto o ar entrando em meus pulmões com maior frescor.
Enquanto inspiro e busco uma expansão interior, absorvendo toda energia que quero para o meu dia, e me conectando com minha essência.
Ao expirar jogo tudo o que de tóxico absorvi do dia interior, que acontece, mas com o movimento diário não percebemos muitas vezes.
Busco este equilíbrio de me alimentar neste exercício de me focar no aqui e agora.
E assim um passo foi dado nestes últimos meses que me recolhi para proteger a mim e ao mundo de um ensinamento doloroso, mas necessário para a humanidade.
E você o que tem feito para lidar melhor com suas inquietações?
Como o seu trabalho tem sido vivenciando por você nos últimos tempos?